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Senado aprova pensão para órfãos de vítimas de feminicídio; projeto segue para sanção

Texto destina um salário mínimo para dependentes menores de 18 anos de vítimas de feminicídio que comprovem baixa renda
Senado aprova pensão para órfãos de vítimas de feminicídio (Foto: Agência Brasil)

O Senado aprovou nesta terça-feira (3) o projeto de lei que prevê o pagamento de até um salário mínimo (R$ 1.320) a filhos de vítimas de feminicídio. Pelo texto, terão direito ao benefício os órfãos e dependentes menores de 18 anos que comprovem baixa renda. A matéria já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados e agora segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

Ainda segundo a proposta, o valor da pensão será distribuído entre os filhos e poderá ser concedido provisoriamente antes da conclusão do julgamento do crime. Se for decidido pelo juiz, após o trânsito em julgado, que não houve feminicídio, o pagamento será imediatamente suspenso, mas os beneficiários não serão obrigados a devolver o dinheiro já recebido, a não ser nos casos de comprovada má-fé.

O relator da matéria, o senador Paulo Paim (PT-RS), afirmou que o projeto de lei “não repara a dor e o sofrimento desses órfãos”, mas possibilita ao Congresso e ao Estado “trazer um mínimo de alívio para as famílias que são destruídas por esse crime bárbaro”.

Segundo a última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil teve 1.400 feminicídios em 2022, número que representou alta de 6,6% em relação a 2021, quando foram contabilizados 1.300 casos. Também houve crescimento das tentativas de homicídios contra mulheres, de 9,3% entre 2021 e 2022. Os casos aumentaram de 6.975 para 7.660.

De acordo com a assessoria técnica da Câmara, a proposição trará um aumento de despesas de R$ 2,8 milhões em 2023; de R$ 7,4 milhões em 2024; de R$ 8,2 milhões em 2025; e de R$ 9,2 milhões em 2026. 

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