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Sindicato aponta que IPC continua com precariades

Desde que foi reaberto, no último dia 3 de maio, o Instituto de Polícia Científica da Paraíba, localizado em João Pessoa, funciona de maneira precária e sem insumos básicos. Com isso, muitos exames fundamentais, como análises de DNA, balística, toxicologia, exames definitivos em drogas e impressões digitais, estão sem poder ser realizados, dentre outros que estão prestes a parar pelo mesmo motivo. A reclamação foi feita pelo Sindicato dos Peritos Oficiais da Paraíba (Sindperitos/PB) nesta terça-feira (26).

Segundo a denúncia, não há reagentes essenciais necessários para a realização destes exames laboratoriais. O presidente da entidade, Herbert Boson Eloy, afirma que diversas investigações estão sendo prejudicadas por conta disso, a exemplo dos casos de estupros, que necessitam dos exames de DNA para confirmar a autoria do crime.

”Não bastasse o prejuízo momentâneo, a paralisação dos laboratórios gera uma demanda reprimida de exames periciais, que acarretará numa sobrecarga de trabalho para os Peritos. Os ‘Peritos de Local’, realocados na Acadepol, têm que se deslocar todos os dias de Jacarapé para o Cristo, sede do IPC, para dar encaminhamento a documentos ordinários, gerando transtornos”, explica o presidente.

“Aqueles que aguardam ansiosos por um resultado de exame de DNA para confirmar a identidade e poder prestar a devida homenagem ao seu ente querido, terão que esperar por um tempo ainda indeterminado”, diz Boson.

Na avaliação do Sindicato dos Peritos, o que falta é prioridade para um órgão tão importante como a perícia. “Mudaram os gestores na tentativa de apontar um culpado, mas o problema do IPC é a falta de um orçamento com destinação própria. Todos os anos nós sofremos com a falta de prioridade nas compras da Secretaria de Segurança, que acarreta na falta de material e consequentemente na paralisação das atividades deste ou daquele laboratório”, explica o presidente do Sindperitos.

O IPC foi fechado pela primeira vez em 6 de março deste ano. Houve prejuízos em vários serviços, como a emissão de RGs. Em 13 de março, o IPC foi aberto após liminar da juíza da 3ª Vara do Trabalho, Herminegilda Leite Machado. Porém, em 22 de março ele foi fechado novamente, por causa dos mesmos problemas. A nova interdição prejudicou mais uma vez os serviços. No dia 26 de abril, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), mudou a gestão do Instituto. Em 3 de maio deste ano, o IPC voltou a funcionar por causa de outra liminar, mas ainda com problemas na prestação de serviços. Os vários ‘capítulos’ dessa novela viraram também um embate entre Justiça do Trabalho, sindicalistas e Governo do Estado.

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