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Veja os fatos que apontam a participação de Carneiro

A investigação que apura um esquema de corrupção envolvendo agentes políticos da Paraíba agora aponta para um novo alvo, o ex-procurador-geral Gilberto Carneiro, exonerado do cargo nesta terça-feira (30), mesma data da deflagração da 4ª fase da Operação Calvário. Outra ex-gestora que já foi alvo, inclusive de mandado de prisão, é Livânia Farias.

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Na decisão do desembargador Ricardo Vital de Almeida, que libera os mandados de busca e apreensão na casa e em locais frequentados por Carneiro, são elencados vários fatos que fazem o Ministério Público Estadual (MPPB) entender que o ex-gestor está envolvido no que o órgão classifica como Organização Criminosa (Orcrim).

De acordo com o Ministério Público, Gilberto Carneiro tinha contato com membros da organização pertencentes à Cruz Vermelha a exemplo de Daniel Gomes e Michele Louzada, implicados diretamente nas investigações.

Função de ex-assessora

Segundo explica o MPPB, existem elementos que mostram que Maria Laura, ex-assessora de Gilberto Carneiro, nunca exerceu efetivamente o cargo e sua nomeação servia apenas como acomodação administrativa. “Mesmo após a deflagração da Operação Calvário no Rio de Janeiro, a investigada se manteve no cargo”.

Ainda conforme o Ministério Público, Maria Laura tinha funções semelhantes as que Leandro Nunes exercia para Livânia Farias, “como as de realizar as operações de coleta e ocultação de valores, afirmando ser ela ligada administrativa a Gilberto Carneiro, ao menos desde 2015”.

Gilberto Carneiro no Rio de Janeiro

A investigação aponta, ainda, que Gilberto Carneiro esteve no Rio de Janeiro em novembro de 2014, onde se encontrou com Michele Louzada e com o motorista dela, Cristiano Camerino. Ambos são apontados como as pessoas que levaram a quantia de R$ 840 mil para Leandro Nunes em uma caixa de vinho no Rio de Janeiro.

Áudio vazado

Além disso, um áudio vazado onde Carneiro e Waldson de Souza estariam tratando de “estratagemas para alcançar vantagens de ordens diversas, tendo como pano de fundo a saúde pública do Estado” também foram fundamentais para resultar na deflagração da 4ª fase da operação.

Todos esses fatos, de acordo com a decisão do desembargador, apontam para o envolvimento de Gilberto Carneiro na organização criminosa.

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