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O Brasil iniciou o ano de 2023 com uma semana tumultuada e marcada pela intolerância peculiar de polarizações desastrosas, culminando na depredação de prédios públicos que simbolizam a pátria, representam a democracia e são ícones das decisões macros desse País. Os atos violentos que depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, maculou a história brasileira e tornou a data a trincheira do escárnio.
No Brasil, o 8 de janeiro, deu a entrada no ano que seguiu seu percurso pautado em questões de gravidade nacional. A exemplo do afundamento de bairros de Maceió (AL), causados pela ganância por faturamento da Brasken, bem como legitimação de crime ambiental conferidos pelo poder público para que a empresa pudesse explorar o sal-gema. No mundo, Israel entra em colapso com os ataques de Hamas e Ucrânia resiste as pesadas armas da Rússia.
Na Paraíba, escândalos envolvendo lideranças religiosas ocuparam a pauta negativa do estado. Além, dos casos de violência contra mulher que se tornaram recorrentes envolvendo figuras públicas. Veja agora um recorte, do Portal Correio, relembrando os casos mais temerosos que aconteceram em 2023 no Mundo, no Brasil e na Paraíba.
Ana Sophia desapareceu em 4 de julho, na cidade de Bananeiras, na Paraíba, após sair para brincar na casa de uma amiga. Imagens de segurança mostram seu trajeto de volta, passando por um mercadinho e entrando na casa de Tiago Fontes, marido da vice-diretora da escola onde ela estudava.
Tiago, principal suspeito, desapareceu antes de prestar depoimento oficial no dia 11 de setembro, indicando possível envolvimento. A polícia realizou buscas na casa da professora, e houve um estouro controlado de um açude para investigar se Ana Sophia teria se afogado.
A polícia encontrou livros sobre serial killers na casa de Tiago no dia 14 de setembro. A vice-diretora da escola foi afastada, e Tiago teve prisão temporária decretada no dia 21 do mesmo mês.
No dia 10 de novembro, um corpo em decomposição foi encontrado, confirmado como sendo de Tiago. Em uma coletiva de imprensa no dia 14 de novembro, a polícia descreveu o possível horário da morte de Ana Sophia e encontrou pesquisas de Tiago sobre decomposição e crimes semelhantes. O corpo da menina permanece desaparecido, e o caso continua sob investigação.
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Na noite de 18 de julho, dois indivíduos armados invadiram o ônibus da linha 600, que percorre os bairros de Bessa e Varadouro. Durante a ação, forçaram o motorista e cinco passageiros a permanecerem no veículo, lançaram garrafas com combustível e iniciaram um incêndio.
A Polícia Militar foi chamada e resgatou três vítimas, encaminhando-as ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. As outras duas pessoas conseguiram escapar antes que as chamas consumissem o ônibus.
Entre as vítimas estava Silvano da Silva, o motorista que atuava na linha 600 por cinco anos. Ele sofreu queimaduras em 54% do corpo durante o ataque e não sobreviveu aos ferimentos.
No dia 7 de novembro, a Polícia Civil da Paraíba concluiu as investigações sobre o incidente, resultando no indiciamento de sete pessoas por envolvimento no caso.
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Na Paraíba, a violência contra a mulher conta com 35 casos de feminicídio registrados de janeiro a 19 de dezembro deste ano. Até outubro, as autoridades contabilizaram 1.530 Autos de Prisão em Flagrante, 2.073 inquéritos abertos por Portaria da autoridade policial, totalizando 3.603 inquéritos. Além disso, 4.267 Medidas Protetivas de Urgência foram expedidas para tentar conter a escalada desse grave problema social.
Entre os casos de maiores repercussões estão:
Em 12 de março de 2022, o corpo da estudante de Medicina Mariana Thomaz de Oliveira foi encontrado em João Pessoa. Johannes Dudeck, ligou para a polícia alegando convulsões, mas sinais de esganadura foram observados, resultando em sua prisão em flagrante.
Em 19 de maio de 2022, o governador da Paraíba sancionou a Lei Mariana Thomaz de Oliveira, exigindo a divulgação de antecedentes criminais em instituições de assistência às mulheres.
Em 16 de novembro de 2023, Johannes Dudeck foi julgado, ficando calado durante o interrogatório. No dia seguinte, foi condenado a 32 anos de prisão por feminicídio qualificado e estupro, em julgamento no Fórum Criminal de João Pessoa.
O médico João Paulo Casado, de João Pessoa, foi exonerado após a divulgação de um vídeo de agressões à sua esposa. As imagens, capturadas por câmeras de segurança e datadas do ano passado, mostram agressões no elevador e dentro de um carro, com Casado agarrado a uma criança, supostamente seu filho.
No dia 10 de setembro de 2023, as imagens vieram a público, levando o secretário de Saúde, Jhony Bezerra, a anunciar a exoneração de Casado, que atuava no Hospital de Trauma e era diretor técnico do Hospital Trauminha.
No dia seguinte, a delegada da Mulher, Cláudia Germana, solicitou a prisão de João Paulo Casado, enquanto a delegada Paula Monalisa acelerou o inquérito das agressões. Em um vídeo gravado no dia 11 de setembro, Casado expressou arrependimento pelas agressões, atribuindo seu comportamento a intenso estresse e maus tratos à sua esposa.
Em 13 de setembro, o médico compareceu à Delegacia da Mulher, sendo interrogado e liberado. Seu advogado afirmou que ele não estava foragido e que o pedido de prisão perdeu o objeto, pois se baseou em uma suposta fuga. João Paulo permaneceu calado durante o interrogatório, aguardando a conclusão do inquérito.
No dia 14 de setembro, o Ministério Público da Paraíba deu cinco dias para a Delegacia da Mulher prestar informações sobre a denúncia de agressão, investigando a possível omissão policial.
O MPPB pediu a identificação dos policiais envolvidos na denúncia de 26 de abril de 2022, quando não houve continuidade na investigação, exigindo esclarecimentos sobre os procedimentos adotados na época.
Veja o vídeo abaixo:
Rayssa Kathylle de Sá Silva, de 19 anos, tornou-se mais uma vítima de feminicídio na Paraíba em 2023. Em Belém, no Agreste da Paraíba, em 21 de setembro, Oberto Nóbrega de Barros Oliveira, conhecido como Betinho Barros, de 38 anos, atirou e matou sua ex-esposa antes de tirar a própria vida.
O crime ocorreu por volta das 18 horas na residência da mãe da vítima, localizada no centro da cidade. Apesar de estar em processo de divórcio e já vivendo separados, o casal ainda enfrentava a violência.
Betinho Barros, autor do crime, ocupava os cargos de ouvidor público e Secretário de Comunicação na prefeitura de Belém. Embora uma medida protetiva estivesse em vigor, lamentavelmente não foi respeitada.
A mãe da vítima confirmou que Rayssa Kathylle era frequentemente ameaçada e agredida.
No dia 3 de outubro, a Polícia Civil passou a investigar um caso de agressão a uma mulher dentro do elevador de um prédio no bairro do Bessa, em João Pessoa.
As imagens registradas pela câmera de segurança no dia 28 de setembro, mostram o homem, um advogado identificado como José César Cavalcanti Neto, em luta corporal com a mulher, arrastando a mulher para fora do elevador, segurando-a pelo cabelo. Depois, a mulher reaparece no elevador, sozinha. Em seguida, uma outra mulher, que mora no prédio, entra e acolhe a mulher, aos prantos.
Os eventos foram reportados ao síndico por moradores que testemunharam a cena. O síndico, ao obter as imagens, decidiu informar a polícia e entregou a gravação. Embora o advogado tenha sido detido, ele se encontra em liberdade aguardando o julgamento.
Veja o vídeo:
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No dia 18 de setembro, Padre Egídio de Carvalho, ex-diretor do Hospital Padre Zé, denunciou o furto de celulares doados pela Receita Federal, apontando Samuel Rodrigues como suspeito. Após a denúncia, Padre Egídio renunciou a direção do hospital.
A Polícia Civil investigou Samuel, operador de tecnologia da informação, por furto qualificado, resultando em sua prisão e posterior libertação em setembro. No dia 29 de setembro, Samuel prestou novos depoimentos.
Cerca de 100 celulares, doados para a instituição comprar uma ambulância e um carro, foram furtados. Em 4 de outubro, uma força-tarefa foi formada para investigar desvios no Hospital Padre Zé.
Em 5 de outubro, o Gaeco apurou desvios de recursos públicos em instituições vinculadas ao padre, cumprindo 11 mandados judiciais. A investigação revelou que Padre Egídio desviou cerca de R$ 13 milhões em empréstimos, impactando a verba do SUS.
O Arcebispo Dom Manoel Delson enviou o caso ao Vaticano. Padre Egídio foi preso em 17 de novembro na Operação Indignus. O STJ negou seu Habeas Corpus, revelando um esquema de desvios de R$ 140 milhões entre 2013 e setembro deste ano, envolvendo o Instituto São José e a Ação Social Arquidiocesana.
Em 21 de julho, a Polícia Civil da Paraíba iniciou a investigação de um pastor evangélico suspeito de estelionato em João Pessoa, envolvendo aproximadamente R$ 3 milhões.
35 vítimas foram identificadas, relatando empréstimos, quitação de dívidas e uso indevido de cartões de crédito. Em 26 de setembro, a Justiça decretou a prisão do pastor Péricles Cardoso de Melo, que até esse momento estava foragido.
No dia 2 de outubro, ele se declarou inocente, mas foi preso em 1º de dezembro. Em 5 de dezembro, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba manteve a prisão preventiva.
Já no dia 15 de dezembro, o pastor foi transferido para o Presídio Especial do Valentina, apesar de sua preferência pelo Presídio do Róger, de onde foi detido em 1º de novembro. A defesa alega que a transferência foi realizada sem autorização.
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De acordo com o delegado Bruno Germano, a mulher se apresentou espontaneamente na Central de Polícia. Aos policiais, ela disse que, após uma discussão, o pai da criança estaria ameaçando entrar na justiça pela guarda da criança, depois de um processo de separação.
Após isso, a jovem teria surtado e esfaqueado a criança, que morreu ainda no local. Equipes foram até o local e encontraram o corpo da criança dentro de um berço.
O crime é classificado por motivo torpe ou fútil com utilização de crueldade, quando é cometido por razões banais ou insignificantes e utilização de violência excessiva. A genitora foi indiciada por homicídio doloso qualificado e no momento, está presa na penitenciária feminina Júlia Maranhão, em João Pessoa e aguardando o julgamento.
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No dia 8 de janeiro de 2023, ataques promovidos por apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro resultaram na invasão e depredação de prédios importantes em Brasília, incluindo o Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou medidas, detendo mais de 1.000 manifestantes e decretando intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. Isso levou à prisão do ex-ministro Anderson Torres.
O patrimônio histórico foi gravemente danificado, com líderes internacionais, como Joe Biden, condenando os ataques.
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No dia 1º de dezembro, residentes de cinco bairros em Maceió enfrentam risco de colapso em minas da Braskem, usadas para extrair sal-gema desde 1970. Em decorrência, a prefeitura decretou situação de emergência após cinco tremores. O bairro Mutange foi evacuado, mas 23 casas permaneceram ocupadas, aguardando indenizações.
Em 29 de dezembro, o Hospital Sanatório é evacuado devido ao risco de afundamento em Pinheiro. A exploração de sal-gema desde os anos 1970 gerou rachaduras após um forte tremor em 2018. Em 10 de dezembro, parte da mina 18 colapsou, resultando em evacuação. A mina afundou 2,35 metros desde o início da crise.
No mesmo dia, a Polícia Federal inicia a Operação Lágrimas de Sal, investigando crimes relacionados à exploração da Braskem. No dia 21 de dezembro, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em Maceió, Rio de Janeiro e Aracaju.
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A Organização Meteorológica Mundial (OMM) publicou, no dia 30 de novembro, a versão provisória do Estado Global do Clima 2023. O documento, feito com o apoio do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), classificou o ano de 2023 como o mais quente em 174 anos de medições meteorológicas. O Brasil teve nove ondas de calor e bateu vários recordes de temperatura.
Entre os meses de setembro a novembro as temperaturas tenderam a subir gradativamente, nas cidades do Sertão da Paraíba, com ondas de calor intenso onde as temperaturas máximas variaram entre 36º C e 39º C, principalmente no período da tarde.
No dia 27 de setembro, a cidade de Patos, no Sertão paraibano, foi a que registrou a maior temperatura no estado após o alerta da onda de calor. De acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), o município registrou 39,1º C, mais de três graus acima da média histórica para a primavera, e a maior temperatura já registrada em 2023 na cidade.
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O submarino Titan da OceanGate desapareceu em 18 de junho de 2023, após explorar os destroços do Titanic na costa de St John’s, Newfoundland, Canadá.
Os destroços foram localizados em 22 de junho, confirmando a implosão catastrófica a 3.800 metros de profundidade. As cinco pessoas a bordo morreram. Antes do desaparecimento, em 17 de junho, o explorador Hamish Harding expressou orgulho na missão.
Os esforços de busca, incluindo detecção de batidas subaquáticas, não resultaram no resgate. A implosão foi confirmada pelos destroços encontrados, mas a origem exata e a profundidade permanecem desconhecidas.
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O grupo extremista Hamas atacou Israel no dia 7 de outubro, desencadeando um conflito violento com centenas de mortos e ataques por terra e mar. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra, prometendo uma resposta que impactaria o Oriente Médio.
A Força Aérea Brasileira resgatou 1.555 cidadãos brasileiros e 53 animais de estimação, em uma operação chamada “Voltando em Paz”, utilizando várias bases e esquadrões. A coordenação dos voos foi feita pelo Comando de Operações Aeroespaciais da FAB.
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