O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ofereceu denúncia por estupro e feminicídio contra o empresário Johannes Dudeck, acusado pela morte da estudante de Medicina, Mariana Thomaz, ocorrida no dia 12 de março.
Segundo a instituição, o processo corre em segredo de Justiça e mais detalhes não podem ser revelados.
Johannes já tinha sido indiciado pelos crimes na última quarta-feira (24). Segundo o delegado Rodolfo Santa Cruz, a Polícia Civil concluiu pelo feminicídio e também pelo estupro após o laudo cadavérico atestar que houve violência sexual.
O Portal Correio tentou entrar em contato por telefone com a defesa de Johannes para comentar sobre a decisão, mas as ligações não foram atendidas. A resposta pode ser encaminhada para o e-mail [email protected].
O corpo da estudante de Medicina Mariana Thomaz de Oliveira, de 25 anos, foi encontrado em um apartamento no bairro do Cabo Branco, em João Pessoa, no dia 12 de março. A polícia chegou até o local após ligação do então suspeito, Johannes Dudeck, de 34 anos. Ele informava que a vítima estaria tendo convulsões. No entanto, um perito observou sinais de esganadura e Johannes foi preso em flagrante.
Na audiência de custódia, a prisão do suspeito foi convertida em preventiva. A defesa de Johannes entrou com pedido de habeas corpus, mas ele teve a liberdade negada e, por possuir graduação em curso superior, segue em presídio especial localizado na Zona Sul da capital paraibana.
Johannes Dudeck já responde judicialmente por outras três acusações baseadas na Lei Maria da Penha. Os casos investigados envolvem três mulheres diferentes. As investigações do caso Mariana Thomaz apontaram que o corpo da jovem apresentava lesões sexuais.
A defesa de Johannes Dudeck solicitou a exumação do corpo da estudante, mas o pedido foi negado pelo juiz Marcos William de Oliveira. Mariana foi enterrada em Lavras da Mangabeira, no Ceará, cidade natal dela.
Johannes Dudeck e Mariana Thomaz se conheceram cerca de um mês antes do crime. A advogada que representa a família da vítima, Dayane Carvalho, contou à TV Correio que familiares desconheciam a relação entre os dois. Já amigos da estudante relataram ter achado o comportamento do suspeito estranho no pouco contato que tiveram com ele. “Não se pode falar em relacionamento entre Mariana e Johannes. Eles ainda estavam se conhecendo, tinham tido poucos encontros”, frisou a advogada.
Mariana Thomaz morava em João Pessoa há três anos e cursava Medicina em uma faculdade particular. A jovem era prima em segundo grau do ex-presidente do Senado Federal e presidente do MDB-CE, Eunício Oliveira.