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Paraíba está com investigações atrasadas por precariedades do IPC

A precariedade no Instituto de Polícia Científica (IPC) estaria causando a demora na identificação da ossada encontrada em um matagal no dia 15 de junho, em João Pessoa. A afirmação é do presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais da Paraíba (Sindperitos), Hebert Bozon. Segundo ele, por conta do não funcionamento do laboratório de DNA do IPC, não é possível realizar o exame.

“Cinco dos nossos laboratórios estão fechados. Eu já tinha previsto que o exame desta ossada iria demorar. Não há previsão de chegar o material necessário para fazer os exames. Vai demorar”, afirmou.

Segundo ele, não só a análise da ossada encontrada está comprometida. Todos os exames que dependem dos laboratórios de DNA, Balística, Toxicologia, entre outros, vão demorar. A exemplo de casos de estupro, em que seria necessário a análise de materiais genéticos.

Ainda de acordo com Hebert, a estimativa não é nada boa. Ele afirma que, se tudo ocorrer no trâmite normal, a situação só deverá ser regularizada em janeiro de 2019. “Agora que se vai levantar o material, deve estar nesta etapa. Ainda vai para licitação. Eu acredito até janeiro não estará regularizado”, finalizou.

O Portal Correio entrou em contato com a direção do IPC, mas as ligações não foram atendidas.

Denúncias não são novas

O IPC foi fechado pela primeira vez em 6 de março deste ano. Houve prejuízos em vários serviços, como a emissão de RGs. Em 13 de março, o IPC foi aberto após liminar da juíza da 3ª Vara do Trabalho, Herminegilda Leite Machado. Porém, em 22 de março ele foi fechado novamente, por causa dos mesmos problemas. A nova interdição prejudicou mais uma vez os serviços.

No dia 26 de abril, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), mudou a gestão do Instituto. Em 3 de maio deste ano, o IPC voltou a funcionar por causa de outra liminar, mas ainda com problemas na prestação de serviços. Os vários ‘capítulos’ dessa novela viraram também um embate entre Justiça do Trabalho, sindicalistas e Governo do Estado.

Em 26 de junho deste ano, o Sindiperitos já havia afirmado que a situação do IPC segue precária e que os trabalhos e serviços continuam prejudicados. Em resposta, a direção do IPC disse que as reformas no local começariam em 2 de julho e que a compra de materiais para atividades no local já estaria sob licitação.

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