Foi deflagrada, na manhã desta quarta-feira (9), a quinta fase da Operação Calvário. São cumpridos 27 mandados judiciais, sendo três de prisão e 24 de busca e apreensão, na Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Alagoas. O secretário executivo de Turismo da Paraíba, Ivan Burity de Almeida, é um dos presos na operação.
A quinta fase expande o âmbito de atuação da organização criminosa e apura o envolvimento de editoras de livros e do secretário da Educação e da Ciência e Tecnologia da Paraíba, Aléssio Trindade. Ele foi um dos alvos dos 11 mandados de busca e apreensão cumpridos na Paraíba.
Além de Burity, foram presos o diretor do Hospital Geral de Mamanguape-PB, Eduardo Simões Coutinho, e Jardel Aderico da Silva, ex-secretário da Promoção da Paz no estado de Alagoas. Burity foi levado para a Central de Polícia do Geisel, em João Pessoa.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) não divulgou detalhes de como funcionava o esquema e adiantou apenas que ele não se restringe à saúde pública, que foi o que deu início à Operação Calvário em dezembro do ano passado. “Não haverá coletiva desta fase da operação. A investigação continua”, disse o MPPB.
No Rio de Janeiro, são cumpridos quatro mandados de busca e apreensão; em São Paulo, três; no Paraná, cinco; e um em Alagoas. Para este último estado, houve ainda o mandado de prisão contra o ex-secretário da Promoção da Paz.
Veja abaixo a lista de alvos divulgada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Não foram divulgados detalhes da participação de cada uma delas no esquema investigado.
A operação desta quarta-feira (9) é realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco), em parceria com Controladoria-Geral da União, Ministério Público Federal, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O Governo da Paraíba emitiu nota no começo da tarde desta quarta-feira (9) para dizer que determinou a intervenção nos hospitais Metropolitano de Santa Rita e Regional de Mamanguape.
Além disso, decidiu também pelo afastamento imediato de todas as pessoas responsáveis pela administração da Organização Social citada nesta nova etapa da Operação Calvário.
A Operação Calvário foi iniciada em dezembro de 2018 e expôs um esquema responsável pelo desvio de mais de R$ 1 bilhão da Saúde. Conforme o Gaeco/MPPB, as fraudes envolviam agentes públicos e Organizações Sociais (OS) que gerenciavam hospitais.
*Atualizada para incluir a posição do Governo do Estado