O prefeito eleito de Cabedelo, Vítor Hugo Casteliano (PRB), será diplomado pela Justiça Eleitoral na segunda-feira (20). A formalização da vitória, que dá a licença para a posse, ainda não tinha sido realizada por conta de uma pendência com relação ao registro da chapa dele e de seu vice Agnaldo Silva.
A cerimônia de diplomação será no Fórum Eleitoral de Cabedelo a partir das 15h e deve ser conduzida pelo juiz da 57ª Zona Eleitoral, Salvador de Oliveira Vasconcelos.
A diplomação é o ato solene por intermédio do qual a Justiça Eleitoral, oficialmente, declara, quem são os candidatos eleitos e os suplentes, entregando aos mesmos os respectivos diplomas devidamente assinados pela autoridade competente (art. 215, parágrafo único do Código Eleitoral).
Vítor Hugo foi eleito prefeito de Cabedelo no dia 17 de março em uma eleição suplementar realizada após prisão e renúncia do então gestor Leto Viana, preso na Operação Xeque-Mate. Dos 46.448 mil eleitores cabedelenses, 23.169 votaram em Vítor, que venceu com 73,07% dos votos válidos.
Vítor Hugo Peixoto Castelliano nasceu no Rio de Janeiro no dia 29 de dezembro de 1973. Empresário, casado e com nível superior completo, ele foi eleito em 2016 para vereador de Cabedelo depois de ter ficado na suplência em 2008 e 2012.
Como vereador, foi eleito presidente da Câmara Municipal após o esquema de corrupção desbaratado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), na Operação Xeque-Mate, que prendeu o então prefeito Leto Viana e cinco vereadores. Outros cinco parlamentares foram afastados do Poder Legislativo Municipal durante a operação.
Após ser eleito presidente, Vítor foi conduzido interinamente à prefeitura onde está desde abril de 2018. No fim do ano, uma manobra política o colocou novamente como presidente da Câmara o levando a ser reconduzido ao cargo de prefeito interino.
Desde o mês de abril do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Xeque-Mate, a cidade de Cabedelo passa por um momento turbulento em sua história política. À época, além da prisão do então prefeito Leto Viana e o do afastamento do já falecido vice-prefeito, Flávio Oliveira, o município ainda presenciou a prisão de cinco vereadores e o afastamento de outros cinco. Servidores da prefeitura e da Câmara Municipal também foram alvos da operação, que identificou um suposto esquema responsável por desviar recursos públicos no município.
Em outubro do ano passado o então prefeito Leto Viana renunciou ao cargo de prefeito. A Justiça Eleitoral então determinou a realização de novas eleições no município. Isso aconteceu porque a renúncia de Leto aconteceu ainda no primeiro biênio de seu mandato. Caso o afastamento em definitivo ocorresse após esse período, a escolha se daria de forma indireta, e o novo prefeito escolhido apenas pelos vereadores.